domingo, 29 de maio de 2011

Hard weak

Olhe só, mês de junho já está aí, o último do primeiro semestre de aulas. Agora que percebo o quão rápido o tempo passou, mas que esses seis meses já foram uma vida pra mim. Aprendi como funciona a independência, tempo em que a gente aplica tudo que aprendemos, ou seja, o nosso caráter. Já sei o que é o certo e o errado, e também o mais fácil. Mas apesar de todo esse tempo que passou, além do aprendizado e de tantas coisas boas que aconteceram, agora que estou sentindo o peso que é cursar uma engenharia e morar tão longe de casa. Essa semana foi complicadíssima, apesar da coleta da segunda e terça que foi incrível (farei um post mais tarde só para ela), o cansaço e o stress tomaram conta no resto da semana. Quarta-feira coloquei a prova coisas que me intrigavam, sentimentos e coisa e tal, que me fizeram pensar demais, e ainda fazem. Na quinta cheguei as 20h do estágio, cansado, com fome e absolutamente estressado. Me senti realmente mal naquele dia, e nasceu um certo desânimo total. Tudo isso por causa de um resumo pro congresso. Nota tensa em Cálculo I, pra mim e pro resto da sala, que não foi nenhum pouco justa, visto que passamos tardes e noites estudando pra nada. Mas pelo menos fui muito bem na primeira e as outras disciplinas ainda ajudam. Na sexta, a gota transbordou o copo. Percebi que andam de longe, me julgando sem saber. Por causa de alguns dias em que fui festar e liguei pros velhos amigos, axam que estou jogando meu fígado no lixo. O que me deixa mais irritado é o fato de julgarem algo sem nem ter conhecimento e sem ver o que ando fazendo de sofrido aqui. Semana inteira, sem parar das 7 da manhã às 17h, com aulas, estudos e o estágio. Provas, matéria complexa, cansaço total e um desgaste enorme. E num final de semana tento sair um pouco, curtir com os amigos e óbviamente beber uma cerveja gelada pra tentar se renovar pra próxima semana. Aí, aqueles que não tem o que fazer, sabendo que estou dando meu máximo aqui, suando a camisa e adquirindo muitas conquistas importantes pra um calouro como eu, procuram uma mentira e espalham, dizendo que tô aqui, bebendo até cair. Eu não deveria ficar aqui me explicando, até porque é só perguntar pra qualquer amigo meu aqui que a resposta é muito clara. Nunca bebi até passar mal aqui, cuidei de vários amigos que passaram da conta e nunca fiz um vexame em público. Não fumo, nunca fumei, e nem qualquer outro tipo de drogas. Muita gente mais velha aqui gosta da minha companhia. Só pra deixar isso bem claro, tem muita gente que me julga de longe e espalha mentiras sem saber. Será que meu sucesso incomoda tanto? Será que precisa vasculhar alguma coisa pra me difamar, sem pensar nas coisas boas que já conquistei aqui? Mas nada disso me incomoda mais. Ando muito bem de consciência limpa, sei de muito podre de muita gente também, e mesmo assim não espalho por aí. Uma questão de caráter, apenas. Tranquílo, muita gente ainda vai quebrar a cara quando ver meu sucesso, e o que mais vai me dar orgulho é quando eu puder ascender como já estou e ver aqueles que foram idiotas comigo e com a minha família se remoerem de ciúmes. Ex amigos da mãe por exemplo, gente que só tem dinheiro hoje porque ela foi a primeira a recomendar, e que hoje mal tem respeito por ela. Uma verdadeira heroína essa minha mãe. Não ligo muito quando vem me difamar, mas o que eu não esqueço é o que o fazem com a minha mãe. E jamais vou esquecer, me desculpe mas não ficará assim. Não vou esquecer tão fácil de gente que anda com o carro do ano, por consequencia da mãe e ergue o dedo pra falar mal de mim aqui.
Afinal, ninguém nunca me disse que ia ser fácil subir na vida. Coisa que minha mãe sempre me ensinou era perdoar e lutar pelo melhor, tendo o caráter como principal condição para o sucesso. Mas desculpe mãe, não consigo esquecer certas coisas, e elas terão a sua volta na hora certa. A vida é bem mais complicada, e não vou deixar me abater por nada. Só axo que o cuidado é necessário com o que se julga, porque podemos estar sendo otários e ingratos. E aqui vou eu, ralar mais ainda nessa semana pra pelo menos passar o aniversário junto dos meus pais e dos meus amigos. Abraço a todos!

domingo, 15 de maio de 2011

Old things

É tanta coisa diferente que acontece a cada dia que nem sei mais o que abordar quando escrevo aqui. Já houveram tantos assuntos interessantes que deixei passar, dando prioridade a outros. Mas axei que a melhor maneira fosse fazer um geralzão e postar aqui, afinal esse é o lugar que eu me conforto, que eu me sinto bem. Apesar de duas semanas passadas bem tensas, corridas, problemas para resolver e decisões para tomar, consegui dar a volta e acertar as coisas. E assim as coisas vão caminhando, melhorando cada dia mais. Mas admito que em casa, eu com essa mania de absorver os problemas dos outros pra mim, passava muitos dias triste e deprimido do que aqui em Toledo. Aqui, essa independência me mostra todas as possibilidades, e assim vou escolhendo, tentando tomar as melhores atitudes possíveis, e com aquela experiência vou diminuindo as coisas ruins e guardando com carinho as coisas boas. Porém na nossa vida nem tudo é coisa boa, e obviamente os baixos aparecerão antes ou depois dos altos. E talvez por ter ficado tanto tempo se sentindo bem que havia esquecido de como era sofrer novamente. Não um sofrimento tenso, mas aquela coisinha que te deixa pra baixo em algumas horas, aquela depressãozinha misturada com carência. Isso me mostra o quanto estou "envelhecendo", eu diria. Já prefiro mais um café a um suco, uma cama do que uma cadeira e um violão do que uma TV. Claro que festar com os amigos e aquelas risadas altas ainda me fazem tão bem, e nem vou deixá-las de lado tão cedo, mas o que acontece é que outras atividades velhas vão tomando um espaço no meu dia-a-dia. E aquela solidão que não machuca me persegue numa noite como essa por exemplo, onde a voz da Paula Fernandes e seu violão marcante me desligam um pouco das coisas. E assim vou seguindo, e posso dizer que estou feliz. Se é que é isso que chamam de felicidade.
Abraços!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Crescimento

Da forma que eu vejo as coisas atualmente, vejo o quanto eu era ingênuo e imaturo a pequenos 4 meses atrás. Apesar de tudo que me aconselharam, me mostrando um possível futuro universitário, as coisas aconteceram da forma como eu previa e como eu não previa. Olhando ao redor é tudo realmente como me diziam, com aulas chatas, aulas legais, professores arrogantes, professores que até bebem contigo num bar, estresse perto de provas, correria, programação exata dos dias e o tempo sempre excasso. Porém aprendi tanta coisa nesse tempinho que pensando agora até me espanto. Conheci muitas pessoas diferentes, fiz amizades, descobri problemas nos outros que muito me pareciam, e problemas mínimos comparados aos anteriores. Percebi como a vida que cada um enfrenta também é sofrida, e que existem pessoas realmente suando a camisa pra estar aqui na universidade. Entendi a importância das responsabilidades, senti na pele o que é você se ralar pra gastar o mínimo possível e ter a cabeça no lugar, porque brecha pra festas e afins é o que não falta aqui. Eu soube distribuir o tempo da melhor maneira possível, pra não pirar com as matérias e o estágio, resumidamente, entrei na vida universitária, sabendo que esse é só o começo e que conforme o tempo passa mais coisas terei que abrir mão para conquistar mais objetivos. E cada dia que vivo aqui, vejo o quanto a minha cabeça abriu pra tantos assuntos, sejam eles quais forem, principalmente por consequência de conhecer outras pessoas e ver que agora o que eu vou ser ou sou depende apenas de mim mesmo. Cada problema, cada estilo de vida que vejo aqui entendo como o mundo é tão vasto e cheio de coisas boas. Fico realmente feliz de ter conhecido pessoas que passaram por barreiras talvez inalcansáveis, que ainda passam e estão firmes, lutando pelos seus currículos e dando o máximo no que podem. E da mesma forma que vejo gente que pré-julga a todos, e não respeita a opinião de outros, levando a universidade da pior maneira possível e gastando o dinheiro do pai. E assim olho pra trás e agradeço por estar aqui aprendendo tanto, com tantos. Dessa forma as coisas soam muito melhores, e a cada dia que passa eu dou mais valor no que tenho e no que vou ter, sem me preocupar com o desnecessário e dando o real valor ao que realmente precisa ser dado.
Abraços!

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das mães

Mãe,

Ao longo dos anos a humanidade criou um dia para celebrar e agradecer a todas essas pessoas que fazem do seu dever um ato de amor. Ser mãe não é ser obrigado a perpetuar a espécie e ensinar ao próximo como viver, e sim de como o amor pode atravessar gerações e como a vida é bela, afinal o seu carinho, o seu amor e a sua dedicação sempre me deu esperanças de que a vida em si não era apenas derrotas e que havia muita coisa bonita ainda a ser descoberta. A cada dia que passa, a cada ano que se sucede a minha consciência me mostra o quão você é, foi e será INDISPENSÁVEL em minha vida. A pessoa que mais me acolheu, mais me ensinou como as dificuldades existem e sempre me provou que por mais complicada que seja a barreira NUNCA é impossível de ser vencida e que a HUMILDADE é a fonte do sucesso na vida. Você me mostrou com cada mendigo que passava em casa que todos no mundo têm oportunidades, porém uns aproveitam e outros não, e jamais a nossa porta abençoada pode ser fechada para eles. A cada problema financeiro que passamos juntos eu aprendi que existem coisas mais importantes do que uma casa bonita, de que existem coisas mais bonitas do que um carro do ano e que tudo de bom na verdade já está dentro da gente. Você me ensinou que o que importa é o caráter, é a honestidade, a fidelidade o amor para com o próximo e a grande importância que a FAMÍLIA tem na vida da gente. A cada vez que acompanhávamos as burrices do meu pai e chorávamos juntos você me abraçava e dizia que aquilo iria acabar, e eu pequeno sempre duvidei disso, mas você nunca perdeu as esperanças e hoje vivemos em paz. Você preencheu totalmente a vaga de pai, de mãe, de avó e mãe moderna que as crianças da minha idade tinham, e me mostrou novamente o quanto você é guerreira e SEMPRE foi o meu exemplo de vida. E hoje, eu aqui em Toledo sem o seu abraço eu nunca senti tanta a falta de você, que sempre me apoiou, e se estou na faculdade hoje, fazendo um curso difícil, é por SUA CAUSA. Eu escreveria muito mais, pois você merece um livro de agradecimentos, mas é isso, eu TE AMO e SEMPRE VOU TE AMAR. Você é o exemplo da minha vida, o meu exemplo de luta, de garra e de superação, o meu exemplo de que por mais que a nossa cruz seja PESADA, não vai ser a REVOLTA que vai diminuí-la, e você sabe o quanto ela já diminuiu pra você, por causa da sua força que eu diria simpaticamente que invejo. FELIZ DIA DAS MÃES, VOCÊ MERECE TUDO DO MELHOR!

OBRIGADO POR EXISTIR NA MINHA VIDA!

Maycon Senna

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Café, cálculo e frio

Sim, esse post é consequência da mistura dos ingredientes acima que utilizei nessa noite de segunda-feira. Hoje um sentimento interessante me bateu e resolvi voltar aos velhos tempos, no tempo que eu escrevia menos sobre a minha vida e mais sobre o que eu pensava. Nos primeiros 2~3 meses em Toledo eu estava totalmente desligado dos acontecimentos do mundo, sem computador e sem uma TV. Tudo que eu sabia, como o terremoto e a tsunami no Japão foi por causa do comentário das pessoas. Agora que estou de volta ao mundo olho e vejo o tanto de coisas que pararam o mundo nesses míseros 4 meses, e admito que me assustei. Cenas terríveis das catástrofes naturais no Japão já haviam me deixado tenso, mais ainda com a usina nuclear que sofreu problemas graves. Os terremotos, o casamento real e agora a morte de Bin Laden foram a gota d'água para repensar tudo o que está ocorrendo. Um mistura de coisas ruins, e incertas acontece e choca o mundo inteiro. E assim as perguntas estão lançadas: Será mesmo que Bin Laden morreu se não se tem nem uma imagem dele? Como o mundo aceita e comemora tão vivamente isso? O Japão, o que será dele depois de tanta coisa ruim? E o casamento real, será que o mundo precisava mesmo parar suas atividades para acompanhar o casamento de um príncipe inglês em pleno século XXI enquanto tanta gente morre de fome na África?
Todos esses acontecimentos me bombardiaram hoje, e já fazia um tempo que essas questões 'filosóficas' não me batiam. Talvez pelo fato dos dias ruins serem tão poucos enquanto permaneço aqui, por que aqui a felicidade depende só de mim, de mais ninguém. Mas talvez essas notas infernais de Geometria Analítica e Estatística me deixaram vulnerável aos velhos pensamentos que eu tinha nos momentos de depressão. E eu olho agora, nesse momento depois de 2 copos de café sem açúcar, 7 exercícios tensos de Cálculo I e sentindo um frio sem igual: E então, depois de tudo como vai ser daqui pra frente? Pois admito, hoje realmente me preocupei com o futuro do mundo.